15% dos 78 mil milhões de euros são para recapitalizar a banca. 15%! É verdade que os bancos terão de subir o seu nível de solvabilidade mínimo de 8 para 10%. E é verdade também que essa recapitalização é necessária para lhes permitir normalizar a concessão de crédito às empresas e particulares, sem o que a retoma económica ficaria impedida. Mas este tratamento privilegiado, a ideia de que a actividade bancária é demasiado importante ou essencial para a economia de um país para que possa ser sujeita ao mesmo «aperto» que todos os outros vão sofrer, leva a pensar se faz sentido que esteja em mãos privadas. É mais eficiente assim? Pois é. Pode ser melhor regulada? Talvez. Mas há um mínimo de equidade que a sociedade deve exigir.