Os governos tecnocráticos de Monti e de Papademos suscitam aprovação quase unânime, dentro e (sobretudo) fora de portas (quem não anseia por se ver livre de Berlusconi?). Mas, neutralizados os partidos políticos e, supostamente, a própria política, não se arredou também a democracia? Não corresponde isto à suspensão da democracia de que falava Manuela Ferreira Leite? Ou basta a complacência ou o esgotamento dos partidos para ficcionar que assim não é?