Esta é certamente uma boa oportunidade para o Governo acentuar as vantagens, ou mesma a necessidade, de rapidamente retirar a TAP das mãos complacentes do Estado. Que se venda a quem dela possa retirar algum efectivo proveito - a Lufthansa, ou mesmo o Estado brasileiro, se tiver saudades da VARIG. Se necessário com desconto. Ou então feche-se e venda-se o que tiver préstimo. Portugal é que não tem nenhuma vantagem na manutenção de uma companhia de bandeira que, na dimensão e nos moldes actuais, é seguramente inviável, não a longo, mas já a médio prazo. Esta greve (mais uma), convocada por uma classe profissional que só olha para o seu umbigo, por achar insuficiente o aumento salarial oferecido pela empresa, numa altura em que para o resto do sector público não se perspectiva qualquer subida da remuneração, e na sequência de (mais) um ano em que a TAP deu (avultado) prejuízo, é o pretexto ideal.